Luzes
de presença em jogo de sombras,
No
silêncio meio quebrado pelos passos abafados de solas de borracha.
O
som das campainhas substituído nos corredores pelas luzes vermelhas sobre a
porta dos quartos.
Não
se ouvem gritos.
Palavras,
gemidos e medos estarão contidos nos quartos.
Durante
o dia, além da luz, a agitação dos enfermeiros e auxiliares e das visitas.
Trazem
remédios e refeições, vêm mudar a cama.
Chegam
e partem as visitas.
Quando
entram, respiram a preocupação com quem visitam,
Ao
partir, retomam o contratempo das rotinas perturbadas,
E levam também o desejo de sair com eles, dos
que ficam.
Até
que no dia da alta,
Após
a saída,
Ainda
que mais frágil, em convalescença,
Reduzidos
os problemas do dia-a-dia, com o susto do internamento,
Se
chega finalmente a casa,
Aí,
Em
casa,
Reencontra-se
a ordem do Universo
E no olhar de quem se gosta, encontra-se o
Natal.
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